Eu tenho medo do ameno,
Da esperança à meia asa.
Tenho medo do que não se doa
Daquele que não voa e até vê,
mas pouco demais se enxerga.
Tenho medo daquele que só tem certezas
E sabe o contorno incerto de toda a verdade.
Fujo do ser que sonha somente o concreto:
Aquele que simboliza as centelhas do dia
em cifrões.
Tenho medo,
E tanto quanto assim eu também me apresento,
Eu também intento afugentar-me de mim.
Nara Rúbia Ribeiro
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