domingo, 20 de novembro de 2011

Corremos Dentro dos Corpos

Como o sangue, corremos dentro dos corpos no momento em que abismos os puxam e devoram. Atravessamos cada ramo das árvores interiores que crescem do peito e se estendem pelos braços, pelas pernas, pelos olhares. As raízes agarram-se ao coração e nós cobrimos cada dedo fino dessas raízes que se fecham e apertam e esmagam essa pedra de fogo.
Como sangue, somos lágrimas. Como sangue, existimos dentro dos gestos. As palavras são, tantas vezes, feitas daquilo que significamos. E somos o vento, os caminhos do vento sobre os rostos. O vento dentro da escuridão como o único objecto que pode ser tocado. Debaixo da pele, envolvemos as memórias, as ideias, a esperança e o desencanto.

José Luís Peixoto, in 'Antídoto'

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

"People will treat you the way you ALLOW them to treat you"

Maybe it's about time to stick some STOP signs along the way...!!!
Nem tudo o que parece é!...um rio poluído, visto de longe, é bonito...visto de perto, percebe-se toda a porcaria que carrega!

sábado, 5 de novembro de 2011

Actualmente ninguém se conhece, mas somos todos "amigos".
Não há conhecidos, só há amigos. Finalmente a humanidade "percebeu" que não há nada como ter um amigo, ainda que virtual, que possamos ligar e desligar consoante o mood do momento...how convenient!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

domingo, 30 de outubro de 2011

sábado, 29 de outubro de 2011

"É Impossível Fazer Amor sem um Certo Abandono Mas é exactamente isso que é supreendente em ti: tu gostas de dar prazer. Gostas de fazer do teu corpo um objecto agradável, gostas de dar prazer com o teu próprio corpo: é precisamente isso o que os ocidentais já não conseguem fazer. Perderam completamente o sentimento da dádiva. Mesmo esforçando-se, não conseguem assumir o sexo como uma coisa natural. Além de terem vergonha do seu corpo, muito diferente do corpo das estrelas pornográficas, também não sentem uma verdadeira atracção pelo corpo dos outros. Ora, é impossível fazer amor sem um certo abandono, sem a aceitação, pelo menos temporária, de um certo estado de fraqueza e de dependência. Tanto a exaltação sentimental como a obsessão sexual têm a mesma origem, resultam ambas do esquecimento parcial do eu; é algo que não pode acontecer sem que a pessoa perca alguma coisa de si mesma. E nós tornámo-nos frios, racionais, extremamente conscientes dos nossos direitos e da nossa existência individual; primeiro que tudo, queremos evitar a alienação e a dependência; além disso, vivemos obcecados com a saúde e com a higiene: e não são essas as condições ideais para fazer amor."

Michel Houellebecq, in 'Plataforma'

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Eu devia ter ido para veterinária em vez das humanidades... pelo menos já estaria atenta aos coices e aceita-los-ia com mais naturalidade...e menos dor!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

If you're about to be fucked...,you'll certainly get help to undress you. After being screwed,dress yourself or die naked!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Celtic Woman - Níl Sé'n Lá

Não esperar nada dos outros, só confirma a certeza inconsciente de que sempre estaremos sós. Assim, é melhor não esperar do próximo nem bons momentos, nem bons pensamentos! É uma espécie de MAP!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

domingo, 9 de outubro de 2011

domingo, 2 de outubro de 2011

Sky diving

Hoje deram-me o céu de presente......! Um dos dias mais, mais, mais... sem palavras...(o que é difícil acontecer)e não consigo postar a porra da foto!Ahhhhhhhhhh!
Ok, já está!

domingo, 25 de setembro de 2011

No nosso mundo, a solidão está, cada vez mais, visivelmente vulnerável!

"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado." - Albert Einstein

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Shopping can be as good as sex... except for that "tiny" advantage of exchanging the product in case of non-satisfaction.
Marketing can be a bummer! LOL

domingo, 4 de setembro de 2011

"As minhas capacidades ou os meus talentos são muito limitados. Zero em ciências naturais; zero em matemática; zero em tudo quanto seja quantitativo. No entanto, o pouco que possuo e que se reduz a pouca coisa foi provavelmente muito intenso."
Sigmund Freud
PDI

Após uma semana de estores fechados para a pintura da casa, que ainda não aconteceu, porque entretanto começou a chover, fartei-me e abri o estore do quarto e do Wc, o que provocou o caos.
Luz natural! Dá para ver tudo...as infiltrações (das quais já não posso falar, mas que também não têm solução anunciada)e ....os cabelos brancos na raiz e amarelos na ponta!!!!!!!!!!! Pareço uma zebra bicha!!!! Sim porque as zebras (se não estiverem com uma crise de identidade)sabem que são brancas e pretas. Mas branco e loiro, amarelo, sei lá....????!!!!!!
Amanhã pinta-se o cabelo!
Decisão tomada, observam-se outros detalhes..."fachada" flácida...papo "mole" ?!!! Não se resolve com tinta!!!!!!!!!!!!!!Este arranjo vai ficar definitivamente mais caro!
Tenho que ver quanto vale o carrito!!!!!

sábado, 3 de setembro de 2011

...mas qual é o 'eu' que sobrevive?
aquele que as pessoas vêem,
ou aquele que eu julgo ser?
(yukio mishima)
Simplista ou Simplificado?
Não estando propriamente na idade dos porquês, mas sem dúvida numa época de um questionar inadiável, sinto o sentido de humor e o optimismo a murchar... Na verdade estão tão moribundos, que, não querendo recorrer a termos religiosos(Religião - a mais velha e a melhor campanha de marketing alguma vez conseguida) mas que, à falta de melhor vocabulário, terei que usar, só um milagre os poderá salvar!
Adiante! Então vejamos - O que é que motiva ou sempre tem motivado as pessoas? O que causa maiores conflitos desde tempos imemoriais?
Dinheiro e poder.
Como é possível tanto "culambismo" junto por um poder que nem é real?!
"Há momentos em que é preciso escolher entre viver a sua própria vida plenamente, inteiramente, completamente, ou assumir a existência degradante, ignóbil e falsa que o mundo, na sua hipocrisia, nos impõe."

Oscar Wilde

domingo, 28 de agosto de 2011

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Pink gossip is harmless but the black kind is a really a stab in the back...and feels like it, too!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Sentir e Pensar


A eterna guerrilha entre o sentimento e a razão...A verdade é que quando um sentimento parte, por mais "cola" que usemos para o consertar, não esquecemos que a fissura está lá!
Sinceramente, às vezes nem sei qual deles atrapalha mais as relações humanas - o cérebro ou coração! Shitty life...sometimes....

segunda-feira, 20 de junho de 2011

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Gosto daqui...e dali...e dacolá...
Não gosto de estar muito tempo no mesmo sítio.
Sei de onde sou, mas não quero saber muito para onde vou.
Sei para onde não quero ir e isso ajuda muito no percurso a escolher.
O resto...é aventura!
Ruralidades
Se há as desvantagens habituais de se viver longe dos centros urbanos, onde tudo está, todos vivem e onde tudo acontece, também há coisas boas que nos fazem lembrar que viver nem sempre está no passo apressado e no trato impessoal do passageiro do comboio, do metro, do autocarro apinhado, do indivíduo que rosna, quando apertado, que se contorce no balanço e solavanco da máquina, daquela engrenagem que o devora e engole a cada dia, para o regorgitar à noite,amarrotado, amassado pela vida, feito em papa.....
Há qualidade de vida quando se pode ir a pé para o emprego, a cinco minutos de casa, falar a cada pessoa na rua, tratá-la pelo nome, desejar "Bom Dia", não apenas por educação ou obrigação de se ser educado, mas porque efectivamente se quer!
Eu conheço-te, tu conheces-me...
Será? Talvez!
Tenho dúvidas de que qualquer ser humano conheça integralmente outro.
É certo que a convivência, ao longo dos anos, nos faz ter um conhecimento alargado do ser que connosco vive diariamente. Sabemos de cor as rotinas, os hábitos, as expressões e os trejeitos, as manias, as qualidades, os defeitos, aleatoriamente e em cada movimento, em cada gesto, em cada palavra, em cada silêncio…
Por vezes não nos sabemos na totalidade… mas vamo-nos adivinhando e, tacteando a sensibilidade e a disponibilidade de cada um, caminhamos juntos.
Mas, conhecimento mesmo, absoluto?…não sei! Só os deuses, talvez, tenham esse poder!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A escrita da leitura…

É inevitável que tudo aquilo que escrevemos esteja umbilicalmente ligado àquilo que lemos, sem saber bem onde ou quando…
Nem sempre retemos a fonte, mas o pensamento fica algures num cantinho de uma gaveta do nosso cérebro… e vasculhando em busca de outros retalhos de informação, acabamos por dar com aquela ideia que ali ficou dobrada e arrumada numa sonolência prazenteira à espera de um dia mostrar a sua pertinência, o que acontece com frequência.
Tal como os provérbios que nos ficaram impressos na memória sem um tipo de aprendizagem específica, a não ser a repetição oral de geração em geração, também o que lemos e que, de algum modo, foi significativo na altura, fica na memória, e por vezes no coração.
Ler é como rir! É poderoso para nós e é perigoso para quem nos quer oprimir porque nos faz pensar, nos esclarece, nos dá perspectivas diferentes das nossas, nos abre caminhos e desbrava pensamentos.
Seja qual for a forma e o suporte de texto escolhidos, o importante é o que ele nos dá e nos deixa – o conhecimento.
Gosto de trapos …e de pensamentos, e de pensar que podemos guardar os nossos pensamentos como trapos em gavetas, roupeiros, ou nos mais modernos closets. Fica ali tudo guardadinho e ajeitadinho e à mão …como os livros numa prateleira…
Gosto de trapos e de livros… e pronto… e muito! Poder-se-á dizer que tenho dificuldade, muita até, em separar-me de ambos os géneros porque todos têm uma história para contar… ou sou eu que tenho uma história com cada um deles…
São, todos eles, palavras e frases da minha vida… se perco alguns, a história perde trechos ou até páginas! Páginas de memória, experiências de uma vida, retalhos de conhecimento encerrados em coisas tão frágeis e tão vulneráveis ao tempo e ao espaço… trapos e livros e…gente.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Esse ar puro oxigenado de maturidade
me dá o aspecto de que já vi tudo na
vida, disposta a rever a própria vida.
Este sentimento de mulher humana
me dá o direito de viver feliz, inspirando
segurança, como se já tivesse tudo o que quis.
Esse jeito felino ou de criança me dá a
certeza de ser forte como nunca, agarrada
nos braços da esperança.
Essa determinação de chegar faceira,
sem ter que explicar nada nem dizer
porque, me dá a sensação de estar
no auge da vida, a vida inteira.
(Ivone Boechat)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Mulheres e gripes....

...e no território do físico? Como é? Somos igualmente diferentes dos homens! Embora a tradição já não seja o que era.
Antigamente tinha-se uma gripe e sabia-se, à partida, que eram três dias de molho:o primeiro, quando te sentias esquisita, o segundo, quando já doía tudo e o terceiro, quando o nariz pingava, mas sabias que no dia seguinte se trabalhava...nada de mariquices. Estava tudo controlado. Tinha-se à mão uma caixa de Ben-u-ron, outra de kleenex, ou, em desespero de causa, o rolo do papel higiénico mesmo e pronto. Bebiam-se uns chás com mel, untava-se (adoro esta do untar) o peito com Vicks e "curtia-se" a gripe com umas revistinhas e uns filmezitos.
Agora é assim: sentes-te mal como o caraças mas não tens tempo pra essas mariquices de estar doente. Isso é para os fracos. Resistes. Às tantas achas que, provavelmente, precisas de uma ajudinha do médico e vais à consulta. Ele diz que tens qualquer coisa terminada em -ite e receita um medicamento forte. No dia seguinte tás BEM melhor e começas a fazer a tua vida. E surpresa...voltas ao mesmo ou sentes-te pior...really like shit. Mas isso é para os fraquinhos e voltas à carga, até porque o mundo não pára nem se compadece dos loosers. A coisa corre mal.
Voltas ao médico que, desta vez, diagnostia uma virose e receita umas saquetas de soro, mais todo o arraial de medicamentos anteriores...
...e SEIS dias depois... quero as "delícias" das gripezinhas antigas de volta!!!!!!

"As mulheres não adoecem mais facilmente no território da emoção por serem mais frágeis do que os homens, como sempre acreditou o machismo que reinou durante milénios. Exceptuando as causas metabólicas, elas adoecem em maior número porque amam, dão-se, entregam-se e preocupam-se mais com os outros do que os homens. Além disso, frequentemente são mais éticas, sensíveis e solidárias do que eles. Elas estão na vanguarda da batalha da vida, por isso, estão mais desprotegidas. Os soldados na frente da batalha têm mais hipóteses de serem alvejados."