Sou uma casa vazia.
À porta de mim mesma, olho para trás e oiço ecos do que fui, do que foi: choro de desilusão, de solidão de desespero, de alegria pura..risos genuínos de rasgos de felicidade, de cumplicidade, de emoções reais.
Vejo na névoa da memória, ou na penumbra da casa, vultos que expressaram desejo, tranquilidade, mas também desassossego, revolta e fúria...
Depois, o silêncio gritante, ensurdecedor e gélido....
Abro a porta e peço, num desejo esperançoso, que lá fora o sol esteja carinhoso e me aqueça o rosto húmido.
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