quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Tenho sentimentos contraditórios sobre o Natal.
Claro que quando se deseja um bom natal é para TODOS. Contudo, Sabemos que não é assim ...

Há 2017 anos nasceu uma criança, perseguida por ameaçar o poder instituído de ser o portador de paz , solidariedade e equidade...se era filho de Deus? Sim. Não o somos todos...? Se era um líder? Sem dúvida... Que foi educado de maneira diferente (até porque não há registos da sua existência entre os 7 e os 33 anos), foi.
Terá sido por acaso que vieram Reis do Oriente dar as boas vindas a uma criança pobre e desconhecida?

Regressa para implementar ideais, sofre e morre (não se sabe se na idade "apregoada"pelo marketing" do catolicismo) em vão.....

Ainda hoje, os ideais não passam disso e o Papa (o único padre honesto que conheço) diz que o Natal é a fraude das luzes e do consumismo...

BOM NATAL....especialmente para aqueles que nada têm ...a não ser coração!

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Nunca  fui desistir das coisas, mas há momentos na vida em que devemos equacionar a validade de um percurso. Não se trata de desistência mas de ter a consciência da utilidade ou do benefício desse percurso na nossa vida.

Já deixei projetos para trás porque não me acrescentavam...também já deixei outro por, sei lá... receio de falhar. Esse foi o que ficou por acabar. Não está perdido. Aos outros fechei o arquivo e pronto.

Atualmente, com franqueza, não sei o que ando a fazer...ou sei. Arrasto-me dia a dia, sem que cada um deles seja significativo de verdade.

Sonho com outros mundos, outros espaços, tranquilidade, solidão voluntária que me traga paz...e não dou o passo certo. Aquele que faz a diferença. Estou encalhada, enredada numa rotina e numa armadilha financeira ...agarrada a uma casa. Para quê?
Por ter cedido ao patético sonho do pobre aburguesado que tem que ter a sua "casinha" em troca da liberdade? Não valeu a pena... não vale o sacrifício...e a gaiola nem é dourada...

Um dia vou...para parte incerta, verde, com água e nada...!!!

sábado, 4 de novembro de 2017

Simone

Hoje fui árvore com asas e voei à procura de uma raiz pequenina que sempre me deu felicidade.
Encontrei-a... doce e delicada por dentro como a conheci. Cresceu, contudo, sofrida mas valente... outras árvores a foram protegendo...agora é árvore com rebento. É mãe, a menina que conheci ...chorámos e falámos sem palavras!

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Apesar de gostar do Halloween também gosto do Pão por Deus ...

A OPINIÃO DE JOÃO QUADROS

Ora, amanhã é Noite das Bruxas , ou noite de halouéne, como diria a maioria dos habitantes de Portugal, se a maioria não fossem turistas. No meu tempo (808 dC) este dia era o dia de “Pão por Deus”. Também pedinchávamos, porta a porta, mas não nos mascarávamos de monstros e não ameaçávamos ninguém com doçuras ou travessuras, porque se o fizéssemos levávamos com um cinto. Normalmente o objetivo era obter pão de ló com a justificação que era pão por Deus. Dizíamos que era para Deus mas comíamos nós e nem uma migalha dávamos a um pombo, mesmo ele que provasse que era o Espírito Santo. Era como se houvesse um lado marginal na religião. Eu gostava.
O Dia das Bruxas não tem tido muito êxito em Portugal, talvez porque se perderam os velhos rituais como a queima das bruxas. Há muito, muito tempo, quando quem mandava era a Santa Inquisição, a esta hora estavam a juntar madeira para fazer uma fogueira no Marquês de Pombal para queimar bruxas vivas. E não havia divisões. Não havia nem Benfica nem Sporting, as pessoas juntavam-se no Marquês, e era tudo do mesmo clube, que era um clube que gostava de queimar bruxas vivas. Eram outros tempos. Hoje, se a Maya fosse queimada viva no Marquês, tenho a certeza que as opiniões dividiam-se.

O Halloween é uma coisa parva que importámos e que ninguém sabe para que serve – é como os submarinos. Fui ao hipermercado e estavam abóboras com autocolantes a fazer de dentes assustadores e de olhos maus – se a intenção é assustar as pessoas, podiam fazer isso com autocolantes com o preço do lombo. Para mim, uma abóbora é sempre uma abóbora. De uma abóbora eu espero que seja capaz de dar origem a uma boa sopa, não espero que tente assustar o meu mais novo. Claro que se pudéssemos escolher a fruta e os legumes desta forma, tudo seria mais simples. Se o melão mau tivesse cara de mau, eu não tinha necessidade de lhe apertar as extremidades para ter um leve palpite sobre a sua natureza. "Não leves essa meloa porque está com cara de enjoada". Tornava tudo mais simples.

Portanto, senhores dos hipermercados e outras lojas em geral, eu queria pedir se evitavam de assustar os miúdos com legumes porque eles já os detestam o suficiente. Podem poupar tempo. Por exemplo, não precisam mascarar um espinafre porque as crianças só de ouvirem falar no nome choram. Não faz sentido mascarar abóboras só porque é Dia das Bruxas. Se vão por aí, no dia do pai têm que pôr tomates a sorrir. Não se brinca com a comida. O Dia das Bruxas não tem tradição em Portugal porque os portugueses não gostam de brincar com essas coisas.

Como costumo dizer quando me embebedo com aguardente de abóbora, esta tradição à força não bate certo. Os portugueses não gostam de misturar mortos e festa. Aquela tradição de que a seguir a um enterro há comes e bebes e festa em casa da família de quem quinou é um impensável para nós. "Morreu o Tio Heitor, não querem ir lá todos a casa comer um bacalhau com natas?" Ou "passa-me aí a mousse de manga que eu ainda não consigo acreditar que o primo Luciano já não está entre nós".

Resumindo: o Halloween é a época do ano preferida dos pedófilos góticos, e fica por aí. A mim é que não me apanham mascarado. Também fico por aqui. Este é uma tema que me emociona muito e tenho que me ir assoar por que tenho o nariz de bruxa a pingar.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Por vezes é preciso parar | P3

Por vezes é preciso parar | P3: Aqueles que fazem a pausa-análise percebem que toda a sua vida, até àquele dia, foi passada caminhando pelos passos dos outros e pelas vontades dos outros. Percebem que aquela vida não foi (na sua maioria) escolhida por eles mas por uma sociedade que os rodeia

domingo, 22 de outubro de 2017

“Espere até que a tua alma te alcance” – uma lição de vida contada em terras africanas


“Há muito tempo, um expedicionário aventurou-se para os territórios mais inóspitos da África, acompanhado de apenas seus carregadores e guias. Todos eles tinham um facão para romper a espessa vegetação, com um objetivo em mente: avançar rapidamente a qualquer custo .

Se encontravam um rio, eles o atravessavam no menor tempo possível. Se havia uma colina, eles apertavam o passo no caminho para não perder um minuto. De repente, no entanto, os carregadores pararam .

O expedicionário ficou surpreso porque eles estavam marchando há apenas algumas horas. Então ele perguntou aos homens:

– Por que vocês pararam? Já estão cansados? Nós só estamos na estrada por algumas horas.

Um dos carregadores olhou para ele e disse:
-Não, senhor, não estamos cansados. Só que avançamos muito rápido e por isso deixamos a nossa alma para trás. “agora temos que esperar até que ela nos alcance novamente.”

Esta bela história africana nos diz sobre a necessidade de nos conectarmos com nós mesmos e sermos pacientes, para não deixar que a pressa com a qual vivemos nos desconte de nós mesmos. Ela também nos diz sobre a necessidade de nos dar o tempo que precisamos para curar nossas feridas emocionais, sem violar nosso ritmo.

Dê tempo para curar suas feridas

Às vezes, a vida nos atinge com força, nos provoca situações que vão além dos nossos recursos de enfrentamento. Nesses casos, nossa alma continua sendo uma ferida difícil de fechar. Todos os traumas, mesmo os mais pequenos, deixam vestígios no cérebro. E essas faixas são diferentes dependendo do tipo de trauma que sofremos.

Se ao invés de levar algum tempo para refletir e aguardar a cura dessa ferida, começamos a viver intensamente, apenas para esquecer o que aconteceu, corremos o risco de nos desconectarmos da nossa essência. No nível neurológico, isso significa que o traço permanece latente e nosso funcionamento, embora nem sempre estivéssemos conscientes disso.

Portanto, quando temos uma lesão, é necessário aguardar um tempo razoável até que nossos recursos psicológicos sejam reorganizados. As situações que nos levam ao limite geralmente exigem uma mudança interior, mas só podemos ser fortalecidas se aprendermos a lição e, para isso, é fundamental olhar dentro de nós, não para fora.
Na verdade, tem sido apreciado que em pessoas que sofrem de estresse pós-traumático, para curá-lo é necessário fazer crescer novos neurônios em seu cérebro. Em teoria, essa neurogênese permitiria o “reparo” de circuitos quebrados ou avariados.
É por isso que, quando você vive uma situação que deixou traços emocionais profundos, é aconselhável que você se sente ao lado da estrada, como os portadores da história, e espere pacientemente que sua “alma” chegue até você.

Cada ferida cura a seu próprio ritmo, violá-lo não irá ajudá-lo a curar mais rápido, pelo contrário, aumenta o risco de ferida ir se abrindo ao menor revés, de modo que você vá ao redor do mundo sendo mais vulnerável. Tome o tempo necessário para recuperar as peças quebradas e colocá-las no lugar.
Não deixe que a pressa o desconecte do seu “eu”

Não é necessário sofrer uma ferida emocional para olhar dentro de nós. Às vezes, a desconexão vem da pressa diária, porque estamos imersos em projetos que consomem grande parte do nosso tempo e corremos de um compromisso para outro, sem tirar um minuto para nós mesmos. Sêneca já havia dito: “Para aqueles que correm no labirinto, sua própria velocidade os confunde”.

Quando mergulhamos nesse estilo de vida, deixamos que a corrente nos arraste, correndo o risco de viver no piloto automático, desconectando-se dos nossos verdadeiros desejos e necessidades. Portanto, não é estranho que muitas pessoas que tenham perseguido um objetivo difícil, quando chegam ao final da estrada, nem sequer reconhecem. Eles não percebem que não é importante alcançar esse objetivo para entender a pessoa que eles se tornaram enquanto a persegue.

É por isso que é essencial que cada dia se conecte com você mesmo, leve alguns minutos para perguntar se você está indo na direção certa, se você tem se entendido com seus erros, se você tiver levado em conta suas necessidades … Esse momento A conexão é fundamental porque permitirá reavaliar o que você realmente quer. Não se deixe levar por automatismos ou simplesmente siga os sonhos dos outros.

Lembre-se de que estamos aqui para descobrir e seguir nosso próprio caminho. Não encontramos a felicidade que segue o caminho dos outros, assim só nos perderemos.

Texto traduzido e livremente adaptado pela equipa da Revista Pazes, originalmente publicado em Rincón Psicolgía

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Não ser suficiente

Sempre me irritou esta palavra: suficiente. Provavelmente por eu nunca ter sido suficiente. Suficientemente alta, sexy, coquete (palavra antiga, mas à falta de memória de outra, serve perfeitamente). Ouvi isto durante o tempo "suficiente " para amadurecer, tomar consciência de mim mesma, do meu valor e começar a ignorar a questão. De qualquer modo, não havia muito a fazer quanto à altura (já que as outras me eram totalmente indiferentes), a não ser que me submetesse a uma cirurgia para esticar os ossos das pernas...compreendi que iría ficar ridícula e deixei de pensar no assunto.Nunca pude ser assistente de bordo...paciência. Menos gente grande malcriada para aturar. Se tive pena? Totalmente. Século passado.

Ultimamente, já neste século, a insuficiência alargou-se a outras áreas. Mais! Passou a mediocridade, quiça, a roçar o mau mesmo. Deste modo tornei-me má mãe, esposa, dona de casa, profissional e um sem número de outras coisas que nem vale a pena mencionar.

Ah!!!... talvez valha! Então, sou, também, insuficiente renal, cardíaca e mental, já que só já me restam dois neurónios dessincronizados no tempo e na ação.

Assim sendo, chego à brilhante conclusão de que a minha insufiência, afinal, é excelência.

Só alguém extraordinário conseguiria viver com tanta insuficiência, durante tanto tempo, e fazer o que fiz com a mediocridade de vida que me calhou!

Na próxima encarnação, haverá sérias correções a efetuar!!!

domingo, 15 de outubro de 2017

Pessoas!

Há pessoas que são abrigos e outras que são casas vazias.
As pessoas-abrigo podem não possuir nada de seu, mas aconchegam-nos no coração como numa manta quentinha em frentre à lareira num inverno chuvoso.

As pessoas-casas-vazias, por muito cheias de "coisas" que estejam são assustadoramente frias, silenciosas de sentimentos e emoções. Olham para si, para o que desejam, para o que as rodeia, para o ter... Ah; mas "o ter" acababa por se esvaziar de conteúdo humano e ficam apenas paredes frias, sós de objetos, despidas de ser...

Prefiro as outras...sou pobre de ter e talvez não seja muito rica de ser. Sei, contudo, que o meu ser é diferente de qualquer outro e preciso respeitá-lo, honrá-lo na sua diferença, ainda que tenha que lutar para permanecer eu mesma.

Original

"(...) faço das palavras os meus pensamentos visíveis a quem ouve com o coração."
Rui Viegas

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

MEDO


Eu tenho medo do ameno,
Da esperança à meia asa.

Tenho medo do que não se doa
Daquele que não voa e até vê,
mas pouco demais se enxerga.

Tenho medo daquele que só tem certezas
E sabe o contorno incerto de toda a verdade.

Fujo do ser que sonha somente o concreto:
Aquele que simboliza as centelhas do dia
em cifrões.

Tenho medo,
E tanto quanto assim eu também me apresento,
Eu também intento afugentar-me de mim.

Nara Rúbia Ribeiro

domingo, 23 de julho de 2017

A espuma dos dias | P3

A espuma dos dias | P3: As telecomunicações permitem-nos aceder a muita informação, o que nos causa um estado de ansiedade que escala o Everest num ápice

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Contestatária!

Pode ser que um dia me passe...mas duvido!

Não é implicância!

A sério que não é implicância! É apenas constatação de factos.
Há pessoas que não pensam, pronto!
Às vezes, ou na maior parte delas, eu também não. Mas isso é um problema meu, que eu tenho que resolver ou não...se nem achar que é um problema...não penso e that's it! Agora não me venham pedir para resolver questões de uma forma que é, logo de início, absolutamente errada.
As relações entre as pessoas estão cada vez mais superficiais, mais físicas, mais ténues, menos intímas no sentido real da palavra. Querer manter as aparências de uma happy family à pala dos outros é hipocrisia. Ou há ou não há sentimentos e outras coisas que sustentem isso! Deixem-se de merdas!
A intimidade não é, nem pode ser, apenas o sexo e as relações não podem cimentar-se nisso! Até La Palisse o sabia!
Ter a peocupação de conhecer o outro e ter o desprendimento de perceber que não é igual a si, e que à medida que a vida vai evoluindo as necessidades e os objetivos mudam também, é a qualidade mais difícil de encontrar num ser humano.
Ninguém é a projeção do outro...isso é a anulação de alguém!
Pelo amor da santinha, pensem e deixem os outros viver, o que quiserem e da maneira que quiserem!!!

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Mesmo?!

Então vamos lá de volta à escrita...
não é por falta de tempo, mas de ânimo que as coisas têm andado paradas por aqui...ou talvez excesso de raiva...Não sei!
Fernando Pessoa dizia que o poeta (e eu acrescento - talvez todo o escritor) é um fingidor que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.
Este "fingimento" é como um filtro. Dá-nos tempo de expôr o que doeu, o que dói ...de uma forma menos sujectiva... menos quente e, quem sabe, menos agressiva...é uma tentativa de ser civilizado na expressão do incómodo, da revolta, da angústia...

...ou o meu último post poderia ter sido algo do género:


" Porque raio é que a maioria dos homens só olham para umbigo e, na maior parte das vezes, um bocado mais abaixo????
Senão vejamos: porque raio(outra vez) se levanta um gajo uma hora mais cedo para ver whatever na internet, que normalmente nem usam roupa, e na hora de se vestir não tem tempo de juntar um casaco azul com uma calça azul , ou ainda um casaco preto com a calça preta porque a senhora da 5àSec (passo a publicidade) teve a triste ideia de separar as peças dos únicos dois fatos que tinham chegado?
A sério que há coisas que são demasiado transcendentes para o meu húmilde cérebro de apenas dois neurónios(como os fatos)! Mas são dois neurónios intrinsecamente indivisíveis(ao contrário dos fatos). O facto é que, porque causa de certas situações (como a dos fatos), os ditos neurónios não sabem um do outro dentro da "imensidão" da minha caixa craniana , logo não podem trabalhar em conjunto...
Tal e qual o nosso país: faltam de trabalhadores, falta organização no trabalho quando há demasiado para fazer!!!"

Ora isto de pessoano, não tem nada...falta o filtro, perde-se a reflexão, (comumente dito: "salta-se a mola") e nem um pingo de literatura sai destas palavras.

Assim , tentaremos ser mais medidativos, ponderados, comedidos, civilizados, enfim..., ou ainda se poderá, quiça e eventualmente, vermo-nos a braços com ausência ao trabalho de um dos neurónozinhos e aí é que estaríamos fucked de todo!!!

terça-feira, 4 de julho de 2017

quarta-feira, 12 de abril de 2017

domingo, 5 de março de 2017

A vida devia ser muito mais do que isto...sei lá.
Na minha enorme ignorância, sempre acreditei que as pessoas que acabam por viver juntas deveriam ao menos partilhar conversas...falar é a uma das coisas mais básicas da existência humana. Comunicar, dizer o que se pensa e argumentar sem stress mas fazer com que os outros compreendam, se estiverem atentos, o que é importante para nós. Aquilo que nos motiva, que nos faz melhores...Nem sempre pode haver acordo, como é óbvio, mas deve sempre existir respeito pela diferença.
Acontece que nem sempre aquilo em que acreditamos existe. Então a desilusão dá lugar a uma indiferença e essa... é devastadora. É a linha flat da vida....

quinta-feira, 2 de março de 2017

Só o portuguesinho mesmo, mesmo ...inho.

Amanhã é o dia anual exclusivamente dedicado  a atividades mais...digamos...interessantes.
Todos gostam porque aprendem coisas novas de maneiras diferentes e podem, também, ensinar.
Excetuando os costumeiros amuos de gente grande por causa de coisas pequeninas, tudo parece pronto e preparado para o dia "diferente".
Eis senão quando,  recebo um telefonema a perguntar se está tudo pronto para receber o Dr Fulano de Tal que, alegadamente em consonância com outra mente brilhante, teve ideia de organizar um evento esclarecedor em relação a um assunto que já  tinha sido planeado, tendo-se inclusivé reservado o espaço, em setembro.  Todos os outros convidados são uns Zé-ninguém e a pessoa que nem tem palavra a proferir é que manda perguntar se estamos prontos para o receber?
A sério?! 
Belisquem-me, please!!!

quarta-feira, 1 de março de 2017

Quanto mais conheço as pessoas, mais quero estar na companhia dos animais. A sério! Não é uma frase do senso comum. É a verdade.
Os bichos são muito mais sensíveis e solidários connosco do que os da nossa espécie. Eu sei...há excecões...felizmente!
Nesta relação entre animal e pessoa, nós somos os beneficiados porque aprendemos o que eles já nascem a saber fazer, institivamente - amar sem condições. Bem... têm algumas, óbvio! Não se deve dar tudo a idiotas chapados que nem sabem onde guardaram a intuição, o desprendimento ou a simplicidade!!!
Quem acaba por depender deles somos nós...patéticos de relações humanas falsas, interesseiras, desgastadas e recicladas numa tentativa lamentável de encontrar o significado da vida. Só o facto de estar vivo é significativo. 
Assim, faz todo o sentido que eles nos entendam e nós não consigamos perceber metade do que eles "dizem"...Não somos dignos deles!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Tranquilidade!

É esta revolta que me inunda e me transborda!
O que é que é feito para mudar o estado das coisas? Nada!
Vivo com a inércia e a obsessão: uma existe há cinco anos, a outra desde o século passado. Ah... e devo acrescentar a minhas permissividade e indulgência. Uma família feliz!!!
Portanto, a revolta tem sentido. Revolta contra mim mesma que permiti durante anos a manipulação de ambas as partes crendo sempre que poderia haver evolução.
Facto a considerar daqui para a frente: não há, nem haverá mudança porque as pessoas estão demasiado confortáveis com as suas manias e os seus vícios.
A partir da consciencialização do facto e não me sentindo confortável, resta uma solução: a de pensar em mim, por mim e para mim. Parece egoísta? Talvez, mas tendo sido altruísta a maior parte da vida, penso que devo dar-me a esse pequeno luxo nem que seja por momentos.
Estou parada no tempo, na carreira, na vida.
Tenho sonhos? Sim. Ambições? Sim.  Objectivos? Sim. E tudo isso coloca em causa o bem estar dos outros? Não.  Contudo, poderá, eventualmente,  pôr em causa o dolce far niente da inércia  e ser um entrave, ainda que passageiro (porque tudo volta à mesmice de sempre),  à obsessão.
Se me vou permitir o luxo do egoísmo, que seja algo que valha a pena. Eu valho a pena.
Chega de sentir-me sózinha, de procurar no trabalho, nas múltiplas formações, nas conferências e seminários o que não encontro a nível pessoal. Tranquilidade, ou qualquer outra conceito, com qualquer outro nome, que promova  a sensação de conforto e plenitude. Eu sei o que é...já senti...e, nesses  momentos fui feliz.
Talvez só sejamos felizes por momentos e estejamos condenados a procurar aquilo que já temos e não reconhecemos como tal. Não sei!...Sei, no entanto, que assim não é correcto, não é bom, não é aquilo que procurava quando coloquei a vida em stand by até atingir a liberdade. Ela não veio...ou veio e não a reconheci e perdi-a...foi breve!
Mas, a acreditar no Karma, que garante que tudo o que vai volta e que as oportunidades passam  uma segunda vez na roda da vida, vou ser egoísta! Vou aproveitar e agarrar a liberdade como como se fosse a cauda de cometa. Quero ser a estrela da minha vida e não passar dias à espera que as pessoas percebam quão patéticas, fúteis e abusivas são as suas vidas em relação aos outros, nomeadamente a mim.
Se recebo presentes? Ah claro e sempre com um cartão invisível com uma mensagem subliminar de que devo sentir-me agradecida e ceder aos caprichos alheios.
O que quero? Quero rir. Quero conversar. Não quero cobranças de afeições, sentimentos e atitudes com os quais não concordo nem me identifico.
QueroTranquilidade!
Sei quem sou, sim! Não estou confusa, estou a ficar ciente que apenas eu poderei mudar o meu mau estar porque os outros estão, alegadamente, bem.
A lucidez de uns é a loucura de outros. Não é frase feita, é a constatação de quem já esteve louca e regressou do fundo da floresta negra - arranhada,  esfolada,  partida  mas pronta para se levantar e dar um chuto no traseiro de quem a enviou para lá.
Não espero concordância com os meus pontos de vista, espero respeito por eles. Nada mais.
Chega de acreditar em ilusões e de ser idiota!
Não tenho a pretensão de reverter todos os erros do passado, até porque não terei tempo, mas posso aprender com eles.
Acredito que coisas boas me esperam e que terei que trabalhar muito por elas.
Por isso, o quarto do que já vivi vai ter que valer a pena pelo que foi, até aqui, desperdiçado.
Afogo-me na revolta, nas palavras que não digo e na firmeza (não intolerância) que não tenho tido.
Sim,  sei quem sou e estou lúcida e egoísta.
Paciência!!!